Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2014

Um retrato da alma

Imagem
Estou lendo The Soul of the World (A Alma do Mundo), do filósofo inglês Roger Scruton. O livro é difícil, mas o esforço vale a pena. Este trecho, onde ele discute o conceito de pessoa, dá uma amostra: “Como pode a pessoa, a quem conheço como uma unidade contínua de meus primeiros dias até hoje, ser idêntica à carne em decadência a que outros se dirigiram através de todas as mudanças? Esta é a questão que Rembrandt explorou em sua série de autorretratos ao longo da vida. Para Rembrandt, a face é o lugar onde o eu e a carne se mesclam e onde o individual se revela, não apenas na vida que brilha na superfície mas também na morte que cresce nas rugas. O autorretrato de Rembrandt é aquela coisa rara - um retrato do eu. Ele mostra o sujeito encarnado no objeto, abrangido por sua própria mortalidade e presente como a morte na borda incompreensível das coisas”. Basta olhar alguns quadros em sequência para entender. Aquilo que todos têm em comu...

King Lear

Imagem
Do livro Great Books de David Demby Falando da aula sobre Shakespeare do prof. Tayler na universidade Columbia: When we got to King Lear, he began in the the same way, analysing metaphor and structure, recounting the play's bounty of negatives - the many "nos" and “nothings.” But suddenly he said : "Nobody can lay a glove on this play. This is the greatest thing written by anyone, anytime, anywhere, and I don't know what to do with it. In a case like this, no one else knows what to do with it, either." Traduzindo: Quando chegamos ao Rei Lear, ele começou da mesma forma, analisando metáfora e estrutura, recontando a riqueza de negativas - os muitos “nãos” e “nadas”. Mas, subitamente, ele disse: “Ninguém pode criticar esta peça. É a maior coisa já escrita por qualquer um, em qualquer tempo e qualquer lugar, e eu não sei o que fazer com ela. Num caso como este, ninguém mais sabe o que fazer com ela tampouco” .

Os sonâmbulos

Imagem
Surpreendidos pela ronda noturna.